quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Geração Y

Hoje li uma matéria sobre a consolidação da chamada "Geração Y". Existem várias definições para geração "Y" como por exemplo: pessoas nascidas a partir de 1978 e que entraram no mercado no "BOOM" da era da informática. Essas pessoas são caracterizadas por relações informais no trabalho, facilidade de comunicação e por serem extremamente inovadoras e favoráveis à mudanças. É claro que existem definições que em minha opinião podem "manchar" um pouco a reputação destas pessoas: "Pessoas que passam muito tempo on-line em portais de relacionamento, softwares de comunicação instantânea e etc. Ou seja, a geração "Internet". Além das características já citadas, existe uma que me chama mais à atenção : Pessoas que não se prendem à disciplinas, processos e com um vínculo fraco com a organização e tendência a fazer aquilo que os desafia, ou seja, se não houver desafio eles não rendem.
Como se portariam pessoas deste tipo em equipes de projeto? Acho que muito bem! Pessoas com estas características trabalham por um ambiente de trabalho agradável, em alianças do bem e o mais importante um ambiente inovador e contestador, o que pode gerar idéias para aumento de produtividade e otimização de métodos e processos.
As características da geração "Y" se assemelham á teoria X e Y de MCgregor, exceto apenas pelo fato de que a teoria de MCgregor parte do princípio de que pessoas "X" são:
  • o homem médio não gosta do trabalho e o evita;

  • ele precisa ser forçado, controlado e dirigido;

  • o homem prefere ser dirigido e tem pouca ambição;

  • ele busca apenas a segurança.

Já os novos teóricos classificam as pessoas "X" como pessoas mais experientes,nascidas antes de 1978, presas a processos e hierarquias e muito pouco inovadoras.
Nas organizações a mescla das duas gerações tem dado resultado e quebrado o paradigma de que os novos tem que aprender com os mais velhos e inserindo uma cultura onde todos aprendem com todos.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Liderança

Trecho de um tópico de discussão onde participei via Linkedin:

Mais uma belíssima discussão.Liderança é uma questão "na moda" em todas as organizações, "job descriptions" e etc. Mas pouquíssimas pessoas e organizações tem este termo bem definido,ou seja, uma empresa não sabe qual líder contratar e a pessoa não sabe ao certo o líder que deve ser. Na minha modesta opinião, sou partidário do: "Projetos são planejados,executados e controlados por pessoas." - E o conhecimento técnico (De gerenciamento de projetos) até pode fazer sua equipe te respeitar pelo conhecimento que você possui( Ser uma referência). O poder atribuído ao gerente irá fazer com que a equipe faça aquilo que é preciso para que eles mantenham seus empregos. Mas só a liderança irá fazer com que a equipe abrace a causa do projeto, que todos tenham o mesmo comprometimento do GP. Quando se consegue exercer liderança, a equipe passa a fazer "por você" e não "para você", deixando de lado as relações de poder dentro da organização.
Caso contrário, como por exemplo manter um membro da equipe comprometido quando este é de uma área externa á sua ou quando este mesmo é de uma organização contratada (Terceirizada)?
Enfim, não existem técnicas capazes de mover pessoas, isso fica por conta da liderança.

André Cruz, PMP

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Funny Moments...

Quem já não passou pela árdua tarefa de "buscar uma recolação no mercado"? Por mais que seja difícil, esta tarefa ás vezes acaba sendo engraçada por conta dos anúncios que procuram por Gerentes de Projeto. Abaixo seguem alguns trechos que eu mesmo já vi:

- Profissional com vasta experiência em PM BOK(sic) (Sim, estava escrito assim)
- Profundos conhecimentos em PM"BOOK"(sic) (Essa é muito boa)
- Conhecimento na linha mestra PMI e PMBOK ("Linha mestra soa muito romântico, não?)
- Conhecimento em PMI (Ou seja, se você já for sócio do PMI já serve?)
- Aplicação de conhecimentos, ferramentas e técnicas contidas na PMBOX(sic) (Que caixa é esta?)
- Procura-se gerente de projetos com experiência no segmento de telecomunicações. Experiência mínima de 3 anos em projetos de grande porte. Sexo Masculino, PMP (Requisito desejável) - O sexo é requisito imprescindível e o PMP é desejável??

Acho melhor os próprios gerentes de projeto escreverem os "Job Descriptions" porque os profissionais de RH (Com todo respeito) apresentam uma certa dificuldade nisso.

Comunicação e ética.

Certa vez analisando um plano de projeto de um empresa contratada para execução de alguns pacotes de trabalho terceirizados me deparei com uma informação no mínimo curiosa:

"As informações sobre decisões, seus prazos e soluções deverão ser registradas em ata de reunião". Até ai tudo bem, mas em seguida vem outra informação:
"As atas de reunião não representam documento de projeto. Elas servem apenas para registro e as informação contidas nela não deve possuir caráter formal."

Vejamos, você faz uma reunião, atualiza os registros dos riscos, exibe os indicadores do projeto, apresenta ações preventivas e corretivas (Se necessário), monitora os riscos e avalia o desempenho do projeto. Feito isso você registra em uma ata as principais decisões oriundas dessa reunião, responsáveis por ações e depois a Ata não vale?

Fiquei na dúvida no que acreditar. Estaria o fornecedor colocando um GP inexperiente para gerenciar o projeto ou era má fé mesmo? Se fosse pela segunda opção, estaria claro que a empresa contratada estava criando um mecanismo para não se comprometer em caso de uma cobrança baseada em prazos e etc. Outro ponto é, em qual documento então ficariam registradas as ações, seus responsáveis e principais decisões? Ou ficaria na comunicação "verbal informal"?

Por mais que os fatores ambientais da organização executora devessem ter sido levados em conta, essa "restrição" acaba sendo uma questão ética do tipo "Registra em ata, mas não me cobre por isso mais tarde" ou o famoso "dar uma de Migué".

De qualquer maneira o plano de gerenciamento foi reprovado e refeito em condições que eu (cliente) pudesse equilibrar com os objetivos do projeto.

Porém confesso que a relação com esta empresa estremeceu.

André Cruz, PMP

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domingo, 7 de fevereiro de 2010

Pontuação exame PMP

Estava pensando sobre a folha de aprovação fornecida após a prova para certificação PMP.
Nela constam seu grau de proficiência no grupo de 5 processos de gerenciamento de projetos pela qual a prova é dividida - Abaixo do Proficiente, Moderadamente Proficiente e Proficiente. Sei de casos onde a aprovação veio com a maioria das áreas com "Abaixo do Proficiente", não que isso desabone a pessoa. Mas o ponto é, além de servir de "coaching" uma vez que a pessoa em posse destas informações passa a ter uma referência do que precisa ser melhorado em sua competência em gerenciamento de projetos, esta análise de proficiência poderia ser divulgada no site do PMI. Questiono isso pois imaginem um processo seletivo onde candidatos estão "empatados", talvez isso fosse aproveitado como um bom critério de desempate (além é claro das competências de área de aplicação e os tão na moda "soft-skills").
Ou seria o exame algo como um vestibular, onde não importa quem passou em primeiro ou em último, o importante é passar?
Independente de qualquer coisa, acredito que o PMP dá um indício de que o profissional possui excelência em gerenciamento de projetos, mas não garante que este profissional realmente o seja. Quem é que não conhece aquele PMP que parece que rasgou ou esqueceu tudo que aprendeu logo após a prova e acaba insistindo nos mesmos erros? Não estou dizendo que o PMP não é importante, pois é e muito, mas quem é o PMP e como a certificação foi alcançada também são tão importantes quanto.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Enfim a tão esperada certificação.


Como havia dito em um dos posts anteriores, minha prova para certificação estava agendada para o mês de janeiro onde estaria de férias e isso se confirmou.
Não foi fácil abrir mão das minhas férias, mesmo porque, este período de férias havia sido negociado em função de um projeto, uma vez que o real período era Ago/2009. E por estar de férias isso exigiu um grau muito maior de comprometimento de minha parte. Quando digo isso, é porque a auto vigilância é necessária para se manter o foco nos estudos e não sair por ai viajando ou assumindo outros compromissos.
Outro ponto é, o apoio da família é muito importante, para ser mais específico - o cônjuge. Minha noiva foi fantástica neste quesito. Abriu mão da minha companhia e acabou se privando também, já que não podíamos ficar todo o tempo que queríamos juntos.
Quanto aos estudos, ele foi baseado na leitura do PMBOK v4, - Li todo o livro. Ao término do PMBOK, sessões de exames simulados no Fast-Track para verificar o meu desempenho que acabou sendo a linha de base de comparação para novos simulados (20 Questões por processo de gerenciamento de projetos e 20 questões de cada área de conhecimento) que realizei após a leitura do Preparatório para exame PMP - Rita Mulcahy. Após isso, último simulado PMP um dia antes da prova e revisão das anotações feitas durante a leitura dos livros.
É impressionante o grau de nervosismo que se fica e que se observa nos demais candidatos à PMP no dia da prova. Você fica no sofá com os demais e todos com aquele olhar tenso, livros na mão para uma última revisão de emergência e etc.
Enfim, ao fim de 20 dias de estudo, por volta de 2 a 3 horas de estudo por dia, veio o resultado - PMP! e com louvor. Não obtive sequer um "Bellow Proficient" na avaliação final e ainda me sai com 3 "Proficient".
Então ficam as dicas:
Estude muito e se dedique. Isso não irá determinar sua aprovação, mas irá mitigar e muito o risco de não aprovação;

Não decore entradas, saídas e ferramentas e técnicas - Tente entender a lógica dos processos. Se você fizer isso bem, o próprio enunciado das questões irá te levar ao que você estudou sem que você tenha que ter decorado. E mais, decorar todos os processos, ferramentas e técnicas, entradas e saídas tira espaço de "compreender" e só funciona mesmo nas aulas de geografia da 6ª Série com a professora Niobe (Sim, eu tive uma professora chamada Niob).

Não abra mão de ler o PMBOK ele é a base e o livro da Rita é o complemento.

Não faça muitos simulados. Não querendo dar uma de Rita Mulcahy porque esta dica ela própria fornece em seu livro. Mas observo colegas se preparando, que fazem 2 ou 3 simulados por dia e se garantem nas notas dos simulados e abrem mão de estudar. Esta dica tem um fundo lógico. Se você faz 10 exames simulados qual é a probalidade de você passar pela mesma questão mais de uma vez? - Lembra do "Compreender sim, Decorar não?".

Leia o Código de Ética do PMI (Além do capítulo correspondente no livro da Rita).

Essas dicas com o apoio da família e a dedicação têm tudo para resultarem na aprovação.

Espero ter ajudado.

PS. Se você acredita que existam outros métodos melhores de estudo, deixe seu comentário!

Abraços!